Polícia LAWFERE

Gabriela Manssur violou quarentena e usou lawfere contra Thiago Brennand; como promotora, fez parte de grupo de vítimas do empresário

Em grupo de Whatsapp, Gabriela, que era promotora de justiça nos casos de Thiago Brennand, atua na orientação às supostas vítimas

21/11/2023 20h32
Por: Jota Ribeiro Fonte: Jota Ribeiro
Gabriela Mansur/Thiago Brennand
Gabriela Mansur/Thiago Brennand

A ex-promotora de justiça e atualmente advogada, Gabriela Manssur está no centro de uma polêmica que envolve até a prática de lawfere” (literalmente significa guerra jurídica), pois passou a captar uma clientela feminina, especialmente aquelas mulheres que acusam o empresário Thiago Brennand por crimes de agressão, cárcere privado e estupro. 

Manssur ainda enfrenta acusação por sua atuação em casos em que atuou quando ainda era promotora de justiça, violando a regra da quarentena imposta aos membros do Judiciário e do Ministério Público (MP) que ela é obrigada a cumprir. 

Um caso emblemático que envolve Manssur é da academia BodyTech, onde a modelo Helena Gomes acusou Thiago de agressão e perseguição. Neste caso, um fato chama a atenção: em junho de 2022, Gabriela Manssur, ainda integrante do MP já participava de um grupo de whatsapp formado por supostas vítimas de Thiago Brennand.
 Após o desentendimento entre Thiago e Helena Gomes, Manssur se apresentou como “advogada da Helena”.

Após o episódio na academia, uma participante do grupo de mensagens, sugeriu que uma cafetina fosse procurada para contratar prostitutas que se dispusessem a fazer acusações falsas contra Thiago. Uma oferta de R$ 150 mil foi feita a uma garota de programa (a reportagem teve acesso aos áudios da conversa entre a cafetina e a prostituta), que pediu o dobro da propina porquê temia pela segurança de sua família. Até hoje não se sabe quem do grupo teria armado a trama contra Thiago.

EXONERAÇÃO

Durante as eleições de 2022, Gabriela Manssur pediu sua exoneração do Ministério Público, depois de uma decisão do ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte, que cortou os pagamentos à então promotora de justiça, à época licenciada para concorrer a uma vaga na Câmara dos deputados. Na mesma época, Gabriela fez um vídeo onde fala de sua atuação no combate à violência contra a mulher, afirmando que não usava seu trabalho com fins eleitorais. Ao final do vídeo, surge a propaganda dela, inclusive com o número com o qual disputou as eleições para Deputada Federal.

SARRUBO PROTEGIA
O procurador geral de justiça de São Paulo, Mário Luíz Sarrubo protegeu Gabriela Manssur, permitindo que ela tivesse licença remunerada para concorrer à vaga na Câmara. Na decisão do ministro Gilmar Mendes, ele manifesta surpresa com a concessão dada por Sarrubo à Manssur e outro membro do MP, já que a regra determina que os membros do Ministério Público que pretendam concorrer a cargo eletivo fora da instituição devem pedir exoneração.

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