Praia Grande está atenta e atuante no combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor das arboviroses (doenças causadas pelo arbovírus – vírus da dengue, Zika vírus e chikungunya). A Prefeitura está intensificando as ações de prevenção por toda a Cidade.
Já em janeiro, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) se antecipou ao cenário epidêmico e criou uma Sala de Situação de Monitoramento das Arboviroses. Composto por especialistas de diversos setores da pasta, o grupo serve para acompanhar o andamento dos casos na Cidade e o cenário epidemiológico no Estado e no País e propor ações estratégicas para o controle do avanço da doença no Município.
“É muito importante esse grupo de monitoramento, que está atuando de forma efetiva, mantendo a vigília em relação aos casos. Una-se a isso a ampliação das equipes e o reforço das ações de vigilância em saúde que já são feitas ano a ano, tudo com o objetivo de trazer mais tranquilidade à população”, destacou o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, José Isaías Costa Lima.
Conforme dados da Sesap, em janeiro de 2024 foram confirmados na Cidade 56 casos de dengue. Em janeiro de 2025 foram registrados até o momento cinco casos da doença no Município. Não foram contabilizados casos de chikungunya nem no primeiro mês de 2024 nem deste ano.
Ações –Entre as atividades de destaque desenvolvidas pelo Município, os agentes de combate às endemias percorrem os bairros para a realização do bloqueio de criadouros nas residências, além de orientar a população para evitar o surgimento de locais propícios para a criação de larvas do vetor das doenças. Também são visitados pontos estratégicos, casos de cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem de materiais.
Esta semana está sendo finalizado o levantamento dos dados após a realização da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), a primeira de 2025. Os agentes de combate às endemias visitam os imóveis previamente definidos para a coleta de larvas de mosquito Aedes Aegypti para saber quais bairros concentram a maior quantidade. A atividade permite fazer um mapeamento dos focos da dengue, auxiliando na definição e direcionamento das ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor das arboviroses (dengue, chikungunya e zika). Além disso, está prevista para fevereiro uma capacitação para os profissionais de saúde da rede municipal e privada para reforçar a importância de identificar de forma adequada e precoce a suspeita de dengue para evitar o agravamento da doença.
Em paralelo a essas atividades, segue sendo efetuado pelo Município o trabalho de nebulização com a bomba costal em áreas de casos confirmados de dengue e nas localidades com suspeita para chikungunya. Ainda fazem parte das atividades as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas municipais, por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Divisão de Saúde Ambiental.
Outra iniciativa que continua em desenvolvimento pela Divisão de Saúde Ambiental é o uso das armadilhas ovitrampas, criadas para capturar o mosquito Aedes Aegypti. Instaladas em lugares de maior risco, as armadilhas seguem sob monitoramento e servem para indicar os tipos de mosquitos que estão sobrevoando por aquele local, ampliando as possibilidades de vigilância e ação dos técnicos da Saúde.
Vacinação –Outra forma eficaz de prevenção é a vacinação contra a dengue, que permanece à disposição de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, nas 31 Unidades de Saúde da Família (Usafas). O imunizante é fundamental para proteger, inclusive, quem não está apto a tomar a vacina.
Para receber esta vacina é necessário que a criança esteja acompanhada dos pais ou de um responsável e apresentar documento com foto, carteira de vacinação e comprovante de residência dos pais ou do responsável. Importante lembrar que o esquema vacinal deste imunizante é composto por duas doses. Portanto, se já passaram três meses que seu filho recebeu a primeira dose, procure o posto de saúde para completar a vacinação contra a dengue.
Faça a sua parte –A população também precisa fazer a sua parte na guerra contra o mosquito Aedes Aegypti, pois mais de 90% dos focos do mosquito estão nas residências. Veja como:
- Mantenha a caixa d’água bem fechada e coloque uma tela no ladrão da caixa d’água;
- Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
- Elimine os pratinhos de vasos de plantas ou coloque areia até a borda do prato;
- Mantenha os ralos telados e limpos jogando sal e cloro;
- Mantenha latas e garrafas com a boca virada para baixo e pneus em locais cobertos;
- Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes usando os produtos químicos apropriados.
Outra dica é descartar os pneus velhos e outros itens que acumulam água em um dos Ecopontos do Município. Os endereços podem ser consultados na Carta de Serviços, disponível no site ( www.praiagrande.sp.gov.br ).
Denúncia –Caso o munícipe queira fazer uma denúncia sobre focos de dengue, ele poderá entrar em contato com a Ouvidoria SUS (telefones 0800-773-3020 / 3472-9764, e-mail: [email protected] ou presencialmente na Rua João de Souza, s/n°, Mirim, segunda à sexta, das 9h às 16h) para que a equipe da Saúde Ambiental seja acionada e possa fazer uma vistoria na casa.
As equipes fazem ainda a soltura de peixes da espécie Lebiste, conhecido como Barrigudinho, em grandes locais com água parada. Esse peixe come as larvas e ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos.
Sintomas –Em caso de sintomas como febre alta de início súbito, dores pelo corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, a pessoa pode procurar a Usafa na qual está cadastrada. Em caso de sangramento, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, aumento do fígado ou acúmulo de líquido, o munícipe deve se dirigir às Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) Samambaia ou Quietude ou o Pronto-Socorro Central, no Bairro Guilhermina.